19 de julho de 2015

RESENHA | Coração de tinta - Cornelia Funke


















Olá, amado Padawan!

Fico muito feliz em trazer minha primeira resenha para o blog!

"Alguns livros devem ser degustados. 
Outros são devorados, 
Apenas poucos são mastigados
E digeridos totalmente."

A história começa numa noite em que Meggie, uma pré-adolescente de 12 anos fissurada por livros, estava preparada para mergulhar numa aventura, quando se depara com uma figura misteriosa parada em frente a sua casa, em meio a chuva. Acontece que Mo, o pai de Meggie, o conhece e o convida para entrar, porque os dois tem muito a conversar, e então manda Meggie para cama. Depois de muita insistência, o pai e o excêntrico visitante; Dedo Empoeirado, resolvem contar a verdade. Mo tem uma habilidade indesejada: sua língua encantada traz, quando o mesmo lê em voz alta, os personagens da estória para a realidade. Ao trazer, quando Meggie ainda era um bebê, um terrível vilão de um livro chamado Coração de tinta, Mo acidentalmente envia sua mulher para lá.  

O vilão, Capricórnio, nem um pouco interessado em voltar para seu livro, se estabelece com seus capangas em vilas e atormenta as pessoas. Ele está perseguindo Mo para conseguir, através da habilidade dele, tirar do mesmo livro um outro monstro ainda mais terrível e cruel que o próprio. Quando Mo é capturado, Meggie se vê tendo que ir atrás do pai com a ajuda de duas pessoas, mergulhando num mundo totalmente novo e perigoso. Mas ela tem uma certa habilidade que irá ajuda-la.

"Eu acho que ela se alimenta de letras.
Toda a casa dela está atulhada de livros.
  Ela os prefere à companhia de seres humanos."

Eu particularmente achei a personagem principal mediana. Tem momentos em que ela insiste, com sua curiosidade sem limites, fazer uma coisa, embora eu praticamente esteja gritando interiormente para ela fazer outra. Foi algo que me frustrou um pouco, mas, se ela não tivesse feito o que fez, acho que a estória não teria se desenvolvido como se desenvolveu. Meggie, na minha opinião, merece uma nota 8,0.
Já o personagem totalmente excêntrico e que foi, pra mim, o mais incrível: Dedo Empoeirado. Ele simplesmente esbanja originalidade e sua personalidade é simplesmente genial. Ele é totalmente carismático, e seu bichinho também. Ele vacila em certo ponto da estória, mas continua tendo meu favoritismo. Merece nota 9,0.
Elinor é uma personagem que me define apenas no fato de ser louca por livros. Ela tem uma biblioteca gigantesca, provavelmente muito maior do que a que alguém sonha ter, uma devoradora de livros nata. É rica, mas, como já citado antes, só gasta seu dinheiro com livros, sem ligar para aparências ou coisas semelhantes. A achei muito carrancuda, mas suas tiradas são simplesmente incríveis. Lhe daria um 6,5.

A escrita foi detalhada e formal. Mas me provou que escritas formais e detalhadas podem, também, ser divertidas, de todo modo. Também teve informações um pouco desnecessárias durante o livro, que tiraram um pouco o prazer da leitura. Contudo, a estória em si me agradou muito e eu achei deveras criativa. Foi genial, e eu demorei apenas poucos dias para concluir a leitura, de tão incrível. Como nada é perfeito, eu dou um 9,0.

Portanto, não hesito em recomendar a todos que leiam Coração de tinta e sua trilogia Mundo de Tinta: Coração de tinta, seguido de Sangue de tinta e, por fim, Morte de tinta.

Então é isso, gente. ~Txau.