31 de julho de 2015

RESENHA | Toda Luz Que Não Podemos Ver - Anthony Doerr.


Sinopse: Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu.  Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.

Achei melhor começar essa resenha com uma sinopse, pela primeira vez, por que não tenho mais vontade de viver após ter lido esse livro. Ele destruído.

Mas bem, vamos tentar...



"Toda Luz Que Não Podemos Ver" vai é intercalado entre as histórias de Merie-Laure e Werner, que em certo momento, se juntam. Mesmo tento a mesma idade e vivendo no período da 2° Guerra Mundial, os dois vivem realidades muito diferentes.

Marie-Laure mora em Paris e tem o pai como ser melhor amigo, e quando fica cega aos 6 anos, os dois se unem ainda mais. O pai dela trabalha como chaveiro em um museu e ele é a coisa mais fofa do mundo. Todo aniversário ele a presenteia com livros e faz alguns "joguinhos" para ela poder encontrar os presentes. Ele sempre está fazendo exercícios para ela se mover sozinha, até faz uma maquete da cidade. Como Marie sempre o acompanha no trabalho, ele sempre a ensina a ir sozinha e deixa ela o guiar até em casa para treinar.

Werner mora em Zollverein e não possui uma vida fácil. É bem longe disso. Ele vive em um orfanato com sua irmã mais nova, Jutta, que é sua melhor amiga e estão sempre juntos. Werner sai sempre com sua irmã para encontrar coisas na rua para e tentar consertá-las, e um dia, ele encontra um rádio, que depois de várias horas tentando consertá-lo, ele acaba conseguindo. Todas as crianças do orfanato e Frau Helena, a cuidadora, ficam impressionados. Depois de um tempo, rádios quebrados começam a bater na porta de Werner e eles conserta. O garoto sonhava em se tornar um inventor como os que ele escutava no rádio, mas seu sonho é impedido quando é decretado que todos os garotos da cidade, quando completarem 15 anos, teriam que trabalhar na mina. Mas a sorte bate na porta de Werner. O rádio de um homem muito importante quebrou e ele ouviu que havia um garoto no orfanato que consertava. Werner consegue consertar e o homem fica tão impressionado com ele que decide inscrever o garoto para estudar e trabalhar no governo, para poder se aprimorar.

A guerra começa a dar seus primeiros passos...



Os bombardeios em Paris começam a ficar mais frequentes, e por conta disso, o pai de Marie-Laure decide ir para Saint-Malo, uma cidade vizinha. E além de passar por poucas e boas durante a viagem, o pai de Marie leva consigo um artefato de enorme valor que o diretor do museu lhe confiou a tarefa de guardá-lo.

Werner começa a servir ao governo e a guerra aumenta. Ele é enviado para a França para desativar os meios de comunicação clandestinos, e durante a missão, ele capta um pedido de socorro vindo de Saint-Malo. É Marie, que está em perigo. 

Eu não lembro de ter mencionado, mas drama é meu gênero favorito. Principalmente quando se trata de crianças, como "Extraordinário", "Claros Sinais de Loucora" (meu livro favorito) e "A Menina Que Roubava Livros". E para completar, se passa no período da Segunda Guerra Mundial

O livro é narrado em 3° pessoa e dividido em 13 partes, com capítulos muito curtos. Doerr fez uma narrativa incrível. No começo eu me perdi um pouco, mas depois me acostumei. E apesar das 528 páginas, o livro é bem rápido.

Os personagens são muito bem desenvolvidos durante o livro, o crescimento deles é notável. São tantos Feels.

Eu não sei por quanto tempo eu chorei quando terminou, mas eu sei que durou bastante. Ainda não estou bem. Estou sem saber onde estou.

Aconselho você a pegar lencinhos, sorvete e algum álbum da Lana Del Rey para escutar depois que lê-lo. Vai por mim.

Até mais.

"– Você já sonhou alguma vez – murmura Werner – que não tem a obrigação de voltar?  […]  – Seu problema, Werner – diz Frederick –, é que você ainda acredita que sua vida lhe pertence."